terça-feira, 26 de julho de 2011

Profissionais de Sustentabilidade: Os três estágios de uma mudança verde

Profissionais de Sustentabilidade: Os três estágios de uma mudança verde: "Os três estágios de uma mudança verde Cada fase pode requerer diferentes capacidades do líder. Entre elas, a de defender a mudança, transfor..."

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O artigo da HSM “Os Três Estágios de Uma Mudança Verde” publicado em fevereiro deste ano, na minha singela leitura conseguiu de um jeito simples exprimir bem a profusão do papel exercido por alguém que tem em mãos dentro meio empresarial a liderança sobre as diretrizes de sustentabilidade. Os professores Daniel Goleman e Christoph Lueneburger, foram felizes ao trilhar os desafios, caminhos e oportunidades dos tortuosos caminhos de definir (ou melhor trazer parâmetros) para definir quem e o que faz o profissional da Sustentabilidade, ainda que o enfoque do artigo esteja dirigido a estratégica e não a função.

Indo além, na minha opinião o artigo apresenta uma dinâmica onde esse papel não está relegado a uma única pessoa, embora ressalte a importância de haver uma liderança para a sustentabilidade no meio corporativo, mas essa não pode abrir mão de atuar em conjunto com outros lideres, em especial os de visão empreendedora, ou seja, àqueles que encarar sair da zona de conforto e assumirem uma postura empreendedora mesmo diante de estruturas normatizadas e por vezes hierarquizadas decorrentes dos modelos corporativos.

O líder de sustentabilidade precisa ser parceiro destes que conseguem encara o tema na mesma sintonia, mas não deve abrir mão de atuar junto aos "céticos" ou "contrários", seguro de que a dinâmica de avanços e retrocessos será uma constância, caso contrário, seria quase o desafio de Hércules em os doze trabalhos de Héracles ou uma atividade messiânica .

domingo, 24 de julho de 2011

Todo poder exige uma responsabilidade

O caderno especial do Jornal Valor Econômico, publicado em 22/07 "Eu&Fim de Semana, chamou minha atenção nesta semana ao trazer como materia principal "O improvável já é possível", que refletiu uma discussão bem interessante que há muito me intriga, sobre a a capacidade evolutiva das máquinas, em especial na conexão direta com o ser humano, sendo mais espefícico ainda com o cérebro humano.

Sei que para pessoas "mortais" como eu pouco nos damos o luxo de devagar sobre este assunto, contudo, vejo nesta área um dos temas mais importantes da humanidade, tanto pelo potencial que isso pode trazer para o bem do nosso processo evolutivo, assim como o inverso e a história tem nos mostrado essa relaçaõ empiricamente.

Ok, mas muitos se perguntaria o que isso tem haver com a temática deste blog, respondo em meu singelo entendimento. Tudo! Usando a lógica complexo e me abastecendo do pensamento explorado pela própria matéria, a projeção tecnológica do futuro expressada pela ficção ciêntifica nada mais é do que a visão que temos no presente sobre a que teremos do futuro, sendo a pergunta que emerge disso. Até onde será possível chegar e quais serão seus efeitos?

Para exprimir esse racional, o artigo dá o exemplo da invenção do automóvel. Lá atrás, será que alguém projetou quais seriam os benefícios dessa tecnologia? Sem dúvidas que sim, mas será que estressaram a fundo quais seriam os efeitos adversos de uma tecnologia que foi inventada para ser dependente de combustível fóssil, que emite fumaça e materiais particulados agravadores dos GEE e mais, que nos tornaríamos tão dependentes desta tecnologia a ponto de gastarmos um parte preciosa do nosso tempo de vida preso a ela em viagens homéricas no transito das grandes cidades e hoje em dia até nas pequenas, sofrendo e reclamando, isolados em um mundo a parte, mas ainda assim dependentes?

Quem imaginaria, lá atrás quando a "www" foi inventada para facilitar o fluxo de informação em longas distâncias, que as pessoas usariam seus smart phones para se comunicar umas com as outras em uma mesma mesa de bar a meio metro de distância, como presenciei e participei desta cena a menos de cinco dias, e com isso, perdendo uma das maiores riquezas do ser humano que é a capacidade social de se relacionar frente a frente, com sons, tatos e pensamentos e sentimentos nem sempre expressos pela máquina.

Por outro lado o avanço da tecnologia ICM (Interface Cérebro-Máquina), pode sim colocar a humanidade diante de novos problemas, mas por outro ângulo, será de um avanço extraordinário, para pessoas com deficiência, que perderam suas habilidade motoras, sensoriais ou intelectuais e que podem dessa tecnologia para se recompor ou mesmo que outras coisas boas podem emergir disso. Tudo dependerá significativamente da forma como vamos encarar e usar essa capacidade e esse poder.

Na matéria uma frase especial ganhou destaque aos meus olhos e que muito tem haver com a forma com encaro a sustentabilidade, sendo está para mim um movimento de percepção da realidade e das responsabildiades que assumimos diante do grau de consciência que ganhos sobre ela; Neste sentido, Luciano Floridi, explora a ideia da "ética aumentada". Luciano é filósofo Italiano, que vem explorando temas como filosofia e ética da informação.

Segundo Floridi - "Quanto mais sabemos e podemos fazer através da ciência e da tecnologia, mais nos tornamos responsáveis pelo que deve ou não acontecer à nossa volta. É por isso que descrevi a humanidade como uma espécie de demiurgo, para usar o termo de Platão. Isto é uma divindade poderosa, mas não onipotente, capaz de dar forma a um mundo maleável e mais antigo que ele. Se as coisas forem bem no planeta, vamos merecer todos os elogios, mas se fizermos bobagem, nada e nínguem pode levar a culpa por nós. Isso é uma carga muito pesada, que nenhuma geração futura deveria ter de carregar.


Trocando em miudos o pensamento de Floridi, a sustentabilidade pode ser encarada como esse movimento que desafio a sociedade reconhecer sua realidade e encarar seus desafios de frente, sendo todo avanço social e tecnologico bem vindo se usado com responsabilidade, pois esse é um "jogo" em que todos precisam e devem sair vencedores, considerando que o inverso é proporcionalmente aplicado, ou seja, não adianta caçar bruchas e apontar dedos sobre a face de "culpados", estamos todos inseridos na mesma rede de relações sistêmicas e a conta chegará a todos, ainda que para alguns mais rápido que outos, mas todos pagarão, inclusive de forma nada democrática, quem não participou de certas escolhas, como será o caso das futuras gerações.

domingo, 3 de julho de 2011

Teste mostra como é o dia a dia do Fusion Hybrid

Quando se fala de consumo consciente, logo vem a mente a redução do consumo, o que não deixa de ser uma verdade, porém uma premissa que não costuma ser bem aceita, salvo pelas pessoas que sem julgamento assumem postura mais radicais e que devem ser reconhecidas como meritosas. Contudo, há uma outra vertente sobre essa dinâmica pouco explorada, mas muito melhor digerida em uma sociedade em transição e ainda repleta de contradições, que é o consumo mais eficiente. Uma visão menos radical e que permite compatibilizar melhor a dinâmica entre necessidades básicas de consumo com as aspiracionais e emocionais.

Porém, como ainda não existe "free lunch" e por tanto ainda temos sobre as tecnologias inovadoras um custo adicional. Na realidade me questiono até se estamos falando mesmo de um custo adicional ou seria o custo "real", considerando que novos investimentos foram realizados para que as externalidades não sejam compartilhas com as pessoas que não fizeram parte de uma ou outra escolha de consumo ou mesmo não puderam fazer essa escolha, além do fato de que tais investimentos demandam tempo para ganhar escala e otimização de esforços, do justo "prêmio" pelo os riscos e ineditismo assumidos.

Na minha leitura a Ford marcou um "gol de placa" (embora acredito que WM não deva concordar com esta expressão neste caso) ao trazer para o mercado brasileiro (viciado e aprisionado em uma zona de conforto pelo etanol) o Novo Fusion Hybrid, permitindo que um veículo de quase duas toneladas, com motor 2.5 ep um conforto certamente invejável tenha um consumo médio inferior a muitos veículos 1.0 populares. Ainda que o mesmo apresente um custo quase 40% superior da versão convencional, para o público a quem este veículo se dirigi essa distinção tornar-se quase irrelevante se considerar todo o valor agregado que a tecnologia oferece, em especial pela responsabilidade de não repassar as presentes e futuras gerações as externalidades de suas escolhas.

Boa leitura!