sábado, 2 de abril de 2011

Bombril cria instituto social. O que podemos aprender com essa iniciativa?


Bombril inaugurou no último dia 30/03/2011 o Instituto Sampaio Ferreira, com foco no desenvolvimento socioeconomico da mulher.


A iniciativa é interessante para visualizar o quanto as empresas estão buscando por meio do investimento social privado, um posicionamento mais próximo e alinhado ao seu cor business ou ao target da sua categoria.


Na mesma linha, na última semana (28/03/2011) o Walmart Brasil, promoveu um debate sobre a constribuição da Mulher no Desenvolvimento Econômico e Sustentável no Brasil. Estive lá o encontro foi em interessante e parabéns a empresa pela iniciativa.


Voltando ao caso da Bombril, que também lançou recentemento seu instituto com foco no desenvolvimento da mulher, me faz lembrar diretamento no conceito trabalhado pelo Kotller em seu último livro Mkt 3.0. Segundo Kotller "as pessoas se imporatma maiscom as empresas que se importam com elas", mas para isso é necessário mais do que qualidade, preço e entrega é necessário uma identificação de valor, uma afinidade em que as pessoas se conheçam como pessoas e não apenas como consumidoras de uma marca.


Em geral o mercado de bens de consumo não duráveis ainda tem a mulher como um fator predominante na decisão de compra e por isso, avalio que a escolha e foco dado pela Bombril foi muito feliz. Por meio do investimento social, além da empresa ter a oportunidade de contribuir de forma diferenciada com seu principal público, ainda terá melhores condições de condicer mais afundo esse público e isso não é oportunismo, mas sim estratégia de negócio e otimização de esforço, em síntese, uma iniciativa em que a sociedade ganha e traz eficiência e efetividade para o negócio, uma junção que se desenha "perfeita" ao mundo dos negócios.


Contudo, no caso da Bombril em particular tem uma fato que me chama ainda mais atenção, até o final de 2009 era uma empresa a beira da falência e buscaram uma recomposição com um bom choque de gestão, quando estavam com a casa mais ou menos organizada foram para o mercado posicionar a palha de aço, carro chefe da empresa, como um produto que sempre foi “sustentável” por ter características biodegradáveis ao contrário da concorrente 3M com tinha uma esponja sintética.


A propagando foi julgada “enganosa” pelo CONAR e isso poderia ter complicado ainda mais a vida da empresa, fato inclusive que foi motivo de duas publicações neste blog, sendo um com a matéria sobre a decição do CONAR (veja o link) e outra mais opiniativa sobre a situação (veja o link). Mesmo diante da inconsistência e viés oportunista que a estratégia apresentou há época, a empresa apostou nessa tendência, na época cheguei a fazer uma crítica dura a empresa, mas também coloquei claramente que seria uma ótima oportuniade dela aprender e buscar alternativas mais consistência.


Hoje fico entusiasmado de ter colocado essa perspectiva, porque logo na sequência a Bombril não apenas reviu seu posicionamento vazio, mas apostou na tendência e colocou no mercado a Linha ECO, que consiste em um conjunto de produtos de higiene e limpeza com princípios ativos naturais e menos agressivos ao meio ambiente, além de embalagens reduzidas, sistema de refil e um conjunto de informações reforçando uma série de atributos de sustentabilidade e com isso estão conseguindo filar uma boa fatia desse mercado, na qual eu estou incluído assumidamente.


Agora para coroar a estratégia estão lançando um braço social com foco no desenvolvimento da mulher, o que pode ter começado de forma oportunista deve ter gerado um bom aprendizado e está se mostrando uma boa oportunidade de negócio e claro, uma boa alternativa para a sociedade que também possa continuar sanando suas necessidades, com acesso a oportunidade de exercer uma postura mais consciente, responsável e sustentável diante de seus impactos ao meio ambiente.


Nós só temos a desejar sucesso a essa linha de negócios da Bombril e que o Instituto possa fazer um bom trabalho e que gere muitas oportunidades ao desenvolvimento da mulher no Brasil, o país precisa desse tipo de postura e iniciativa. Parabéns!

Um bom case do que o Kotller está chamando de empresas de valor!

Tendências sobre Eficiência, Inovação e Sustentabilidade na gestão de recursos hirdrícos

Artigo recente (22/03/2011) publicado no Jornal Valor Econômic (replicado abaixo), provavelmente motivado pelo dia internacional da água, apresenta de forma concretra e didática a associação entre eficiência, inovação e diferenciais alinhados as premissas de sustentabilidade, como algo que está deixando de ser uma tendência e se já materializando como projetos práticos e diferenciais competitivos.



Não tenho dúvidas que as empresas com profissionais e processos melhor preparados sobre estas premissas, terão melhores condições de alavancar ou sustentar mercados no futuro próximo. Restará saber quantos CEOs e empresas dotadas de suas racionaliades e busca por resultados terão visão aponto de ampliar seus horizontes e identificar as relações sistemicas e percepção de médio e longo prazo nas suas dinâmicas de planejamento estratégico.



Na minha singela leitura, nenhum planejamento por melhor que seja e geralmente são muito bons, terá condições de ser eficiênte se não considerar três itens básicos de dificil ou quase impossível adaptação nas "planilhas de excel": pessoas, cultura e recursos e serviços ambientais. Contudo, não digo isso sob a visão estreita de olhar para esses elementos como apenas como recursos, processos de gestão e insumos, mas na sua complexidade de questões vivas, orgânicas e multirelacionadas.



Obviamente que o artigo, não responde a fatídica pergunta de quanto se ganha com a sustentabilidade, mas deixa indicativos fortes de quanto podemos deixar de ganhar e até perder ao ignorar essa perspectiva. Novamentes estamos diante de escolhas sobre um processo em movimento, mas não são escolhas aleatórias, podemos sim fazer desse um processo com discussões, visões e análises críticas para que se façam escolhas conscientes e mais a frente (não muito distante) se colha os frutos de tais escolhas, que irão variar de acordo com a qualidade das escolhas e profundidade dado ao processo.
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Fabricantes têm como objetivo utilizar 1,5 litro de água para cada litro de refrigerante



Setor de bebidas fixa metas cada vez mais ambiciosas


Rosangela Capozoli Para o Valor, de São Paulo 22/03/2011 Claudio Belli/Valor


Jorge Tarasuk: os investimentos nem sempre são vultuosos, mas garantem uma grande economia de água



As ações desenhadas no âmbito de uma política de redução de consumo de água, às vezes, podem não ser as mais sofisticadas do ponto de vista tecnológico, mas os resultados sempre são altamente positivos. Diminuir o gasto, evitar desperdício, promover a reutilização e buscar fontes alternativas de água são metas sustentadas pelas indústrias dos setores de bebidas e alimentos que têm a água como principal matéria-prima.


Os investimentos variam de acordo com as novas descobertas, que em alguns casos, apesar do baixo custo, permitem economias acentuadas. Os exemplos vão desde desembolsos em peças fundamentais à base de plástico que custam, no mercado, parcos R$ 10 até volumosos desembolsos que necessitam de quantias que beiram R$ 5 milhões. As ações são adotadas à medida que pesquisas apontam a melhor alternativa para atingir a meta proposta.


Algumas das ações da PepsiCo, segunda maior empresa de bebidas e alimentos do mundo, por exemplo, se basearam em medidas simples e eficazes e em outras que demandaram grandes desembolsos, mas os resultados foram surpreendentes. "Os investimentos nem sempre são vultuosos. A instalação de um aerador no sistema de jateamento de água do cortador de batatas, por exemplo, custou R$ 10 cada peça e garantiu uma economia mensal de 5 mil metros cúbicos de água nas 29 plantas da região", afirma Jorge Tarasuk, vice-presidente de operações da Divisão de Alimentos da PepsiCo América do Sul.


Na outra ponta, a construção de uma estação de tratamento de água absorveu aportes financeiros próximos de R$ 5 milhões, segundo dados da empresa. Pelos seus cálculos, no campo, hoje, a PepsicoCo economiza 10% do líquido em relação há três anos. O ramo de produção de bebidas obteve, no mesmo período, um uso 7% inferior. "Na lavagem de garrafas substituímos a água pelo ar esterilizado. Entre 2006 e 2015, a meta mundial da companhia é reduzir 20% de água na produção. Estamos na metade do caminho e alcançamos 15% de redução.


Na América do Sul, algumas unidades já conseguiram ultrapassar o índice, atingindo 25% na divisão de alimentos", garante. Se um simples aerador garantiu redução dessa magnitude, a construção da estação de tratamento de água trouxe benefícios ainda maiores a PepsiCo Brasil. "Com essa estação passamos a fazer uma economia de 500 milhões de litros/ano, ou seja, o correspondente a uma fila indiana de 25 mil caminhões pipa de São Paulo a Curitiba ou o equivalente a 250 mil piscinas olímpicas", exemplifica o vice-presidente.


A Coca Cola Brasil, concorrente da PepsiCo na área de bebidas, se debruça sobre o tema desde 1992. "Começamos a pensar mais sobre a redução de água, energia e resíduos sólidos há quase 20 anos", afirma José Mauro de Morais, diretor de meio ambiente da Coca Cola Brasil. A companhia, segundo Morais, adotou a política dos 3Rs: reduzir, recompor e reciclar. "Qualquer produto nosso tem entre 90% e 99,5% de água. Hoje, grande parte dessa água é captada e tratada. Repor é o item mais novo. A água é uma questão de sobrevivência do nosso negócio. É nossa matéria-prima", diz. Das 46 fábricas instaladas no Brasil, todas seguem essa política, segundo o diretor. Satisfeito com o progresso obtido nessa área, a Coca Cola, segundo Morais, há dez anos necessitava de 2,5 litros de água para produzir um litro de bebida. "Hoje já baixamos para 1,95 litro, o que significa uma economia de 23%", afirma. Treinamento em mão de obra, de acordo com Morais, tem sido o maior investimento dentro da indústria para atingir resultados satisfatórios. "Fazemos um encontro anual na Coca Cola e sempre estabelecemos uma comparação entre as empresas. Aquelas bem sucedidas na redução do consumo servem de espelho para as demais", diz. Ao invés de usar ar esterelizado na limpeza das garrafas, como faz a PepsiCo do Brasil, a Coca Cola "recupera a água de enxague". "Há tempos atrás essa água corria pelo ralo hoje vai para o tratamento", informa.


Apesar de ter avançado bastante na questão da economia, o diretor da Coca Cola acredita que até 2020 todas as unidades fabris conseguirão reduzir ainda mais o consumo água ao fabricar um litro de bebida com apenas 1,5 litro de água. "Algumas fábricas como a de Jundiaí, no interior de São Paulo, e a de Brasília, localizada no Distrito Federal, conseguiram atingir esse objetivo", garante. A PepsiCo do Brasil, segundo Tarasuk, necessita, em média, de 1,65 litros de água para cada litro de bebida produzida. Além de seguir de perto a questão da redução no consumo, Morais conta que a companhia também participa do Comitê das Bacias. "Essa é uma forma importante e inteligente de dar sustentabilidade à questão da redução da água", ressalta.


A novidade mais recente da fabricante americana de alimentos PepsiCo na área de sustentabilidade, fica por conta do desenvolvimento da primeira garrafa plástica feita a partir de materiais vegetais renováveis e 100% recicláveis. Em um comunicado, no último dia 15, a companhia informa que "futuramente, o grupo quer (...) incluir cascas de laranja, maçã, batata, aveia e outros produtos agrícolas derivados de atividades agroalimentares". Ainda de acordo com a nota divulgada, "a PepsiCo está em uma posição única para utilizar os produtos derivados agrícolas (...) a fim de fabricar uma garrafa ecologicamente correta para nossa produção de bebidas". A produção desta nova garrafa deve iniciar em 2012, em uma experiência piloto.


A PepsiCo já havia inovado com embalagens plásticas 100% recicláveis para as batatas fritas Frito Lay. Mas elas foram retiradas do mercado americano, porque os consumidores consideraram que os pacotes eram muito barulhentos. Para este novo projeto, a PepsiCo garante que a garrafa terá o mesmo aspecto, a mesma consistência e oferecerá a mesma proteção de uma garrafa plástica clássica. Na França, o grupo Danone anunciou na semana passada que seu produto Actimel seria vendido no país em uma garrafa plástica composta por 95% de cana-de-açúcar, após ter introduzido plástico vegetal para a elaboração de garrafas de água Volvic.

Abertas inscrições para o Empreendedor Social 2011

Com mais benefícios a finalistas e vencedores, estão abertas até 1º de maio as inscrições para o 7º Prêmio Empreendedor Social e o 3º Prêmio Folha Empreendedor Social de Futuro. Os concursos buscam líderes sociais que atuam de forma inovadora, sustentável e com forte impacto na sociedade e em políticas públicas. Neste ano, além de reconhecimento na mídia e em evento que reunirá lideranças acadêmicas, empresariais, públicas e sociais, todos os finalistas terão acesso a benefícios para aprimorar sua formação e a gestão da organização. O vencedor do Empreendedor Social 2011 receberá uma auditoria independente e integrará a rede mundial de Empreendedores Sociais de Destaque da Fundação Schwab, parceira da Folha nesse prêmio, que é realizado em todos os continentes. Também será convidado a participar, com despesas pagas, da reunião do Fórum Econômico Mundial para a América Latina em 2012 e, dependendo do perfil, da Reunião Anual do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, em 2013. "Nos fóruns, há uma troca de know-how entre empreendedores sociais e lideranças empresariais, políticas e de mídia, com o objetivo de catalisar mudanças sociais em larga escala", explica Mirjam Schoening, diretora da Fundação Schwab. Já o vencedor do Empreendedor Social de Futuro receberá uma bolsa no MBA de Negócios Sustentáveis em 2012, além de uma consultoria de gestão por dez dias. "Com isso, a Folha reafirma seu papel pioneiro de investigar, descobrir e divulgar iniciativas que merecem ser amplamente conhecidas", afirma o editor-executivo, Sérgio Dávila. Os prêmios sociais são patrocinados pela Ernst & Young Terco e têm apoio estratégico de Artemisia; Ceats (Centro de Empreendedorismo Social e Administração em Terceiro Setor); Iats (Instituto de Administração para o Terceiro Setor); Figueiredo Lopes, Golfieri, Reicher, Storto Advogados; Gesc (Gestão para Organizações da Sociedade Civil); Neurônio; sitawi e The Hub. Outros apoiadores são ABCR (Associação Brasileira de Captadores de Recursos), Ashoka, CEBDS (Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável), Ethos, Folha.com, Gife (Grupo de Institutos, Fundações e Empresas), ONG Brasil, P&B, Planeta Voluntários, Sator e UOL. As inscrições são somente pela internet até o dia 01/05. Para mais informações, inscrições e regulamento completo, acesse o site: http://www.newsdoplaneta.com.br/

Bayer e Nações Unidas ampliam Programa Jovens Embaixadores Ambientais para premiar mais estudantes

O Programa Bayer Jovens Embaixadores Ambientais foi desenvolvido para jovens de 18 a 24 anos engajados em ações socioambientais. É um dos mais importantes projetos mundiais de responsabilidade socioambiental da Bayer em benefício da juventude e do meio ambiente e faz parte de uma parceria com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Serão duas premiações, uma no Brasil, que dará oportunidade aos participantes que não dominam o idioma inglês, e outra na Alemanha, para aqueles que têm conhecimentos avançados da língua inglesa. Assim, ao todo, oito jovens serão premiados e não somente quatro, como nas edições passadas. A seleção será feita por um júri de profissionais com conhecimentos e experiência na avaliação de trabalhos socioambientais e de representantes da Bayer. Os quatro jovens premiados no Brasil participarão do Encontro Nacional de Jovens Embaixadores Ambientais, uma semana exclusiva de atividades para ampliar o conhecimento dos vencedores sobre meio ambiente e responsabilidade socioambiental. A programação inclui palestras com especialistas da área, além de visitas a instituições com as melhores práticas socioambientais. Os outros quatro vencedores, que obrigatoriamente devem apresentar bons conhecimentos em inglês, irão para a Alemanha, onde terão contato com as ações mais modernas de sustentabilidade de empresas e de prefeituras do estado da Renânia do Norte-Westfália, onde fica Leverkusen, a sede da Bayer. Além das experiências práticas em locais com tecnologia de ponta, a troca de conhecimentos com jovens de todo o mundo é um enriquecimento cultural único. Saiba mais informações no site e em nossas redes sociais: Sites: http://www.bayerjovens.com.br/ Facebook: www.facebook.com.br/bayerjovens Twitter: @bayerjovens